tag:blogger.com,1999:blog-45657110564735990112024-02-06T23:49:51.921-08:00Lonely Carnivalmáscaras, vestidos, ilusões, serpentinas, amor, contemplação, feriado, devoção, fantasia, coloração, política, ardor, colombinas, enxaqueca, juventude, enredo, comoção, ternura, bebedeira, consciência, jogo, pierrot, literatura, apuração e quarta-feira de cinzas
Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.comBlogger138125tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-78800393278438889102019-11-28T10:59:00.001-08:002019-11-28T10:59:01.343-08:00eu sei,<br />
ele é como um salar:<br />
lindo<br />
mas<br />
infértil.<br />
<br />
<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-2019383889052892052019-09-23T07:16:00.000-07:002019-09-23T07:16:42.320-07:00às vezes que leio as coisas que escrevi pra você<br />
e penso <i>quem era aquela mulher?</i><br />
era eu não,<br />
eu nem podia.<br />
<i>o que eram aquelas palavras?</i><br />
Não eram minhas.<br />
eu era Lana del Rey<br />
e você era Thom Yorke<br />
mas você só disse isso pra me menosprezar<br />
e eu tola de tudo,<br />
acreditei<br />
eu era uma menina medrosa<br />
chorando pela beleza da noite<br />
eu era aquela que rezava em silencio<br />
e abafava choro no banheiro de bares ridículos<br />
lamentável e miserável,<br />
uma lamuria<br />
sem o menor cabimento<br />
eu era desajustada<br />
eu tava pequena, eu<br />
pequenininha e paranoica<br />
ficava girando pra sempre<br />
tentando me tornar algo que te agradasse<br />
no fundo do escuro do mundo<br />
eu tentei tanto que fui nada<br />
aff<br />
é triste<br />
mas<br />
eu devia ter acreditado mesmo<br />
porque Thom Yorke é feio para uma desgraça<br />
e só o que me salvou foi a poesia da vida<br />
foi os porres na sarjeta<br />
foi a mão dos meus amigos<br />
foi a minha natureza de sobrevivente<br />
foi o born to die<br />
<br />
yes,<br />
<br />
i'm Lana Fucking del Rey<br />
<br />
<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-62264412162376898292019-09-05T15:11:00.001-07:002019-09-05T15:11:08.973-07:00I really think I'm finaly freeAlyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-48892956121621900972019-09-05T15:08:00.000-07:002019-09-05T15:08:41.322-07:00minha mente obsessiva<br />
sonha e repete esse momento há anos<br />
esse momento<br />
onde toda humilhação e vergonha seria revertidos com<br />
um vestido de couro<br />
cílios postiços<br />
e salto alto<br />
eu linda, esplendorosa<br />
a própria venus de botticelli<br />
uma pintura mórbida e bonita<br />
eu ensaiaria meus passos e minhas palavras<br />
milimetricamente contadas<br />
assertivas e poucas, falta<br />
pra te arrasar e te deixar no chão<br />
pra você olhar e pensar<br />
meudeusdocéu essa mulher<br />
e te inundar com esse sentimento de remorso e culpa<br />
e tristeza e solidão e principalmente<br />
saudade<br />
<br />
mas a gente sabe que nada disso faz o menor sentido sob o céu dessa terra<br />
<br />
é só a gente pensar que a mesma banda que escreveu ticket to ride<br />
escreveu tomorrow never knows<br />
<br />
a tristeza de tudo isso é que eu estou montando uma pessoa pra você sentir falta, pra você desejar só porque você me destruiu a tal ponto que não sobrou pedra sob pedra; e o grande lance é que essa pessoa aqui, a verdadeira eu, você nunca conheceu e não vai conhecer. e não tem vestido de couro no mundo que possa superar o que eu tornei. Essa é a grande agonia de existir, aquilo que eu decidi não ser com você era simplesmente uma força da natureza e é o que eu mais gosto em mim hoje.<br />
eu me abafei para não se escutada e poder chorar em silêncio absoluto, eu me espremi pra caber naquela caminha japonesa ridícula da sua casa, eu me diminuí pra você me suportar, quando na verdade você não suportava nem a si mesmo.<br />
<br />
<br />
Se sofri, me lembro.<br />
com as minhas lagrimas pretas e tortas<br />
com buracos no peito e gosto amargo na boca<br />
é muito trabalho para nada<br />
é um caminho muito árduo para chegar ao deserto<br />
você é um deserto e eu só quero deixar tudo isso pra trás<br />
<br />
pode ser<br />
<br />
<br />
Turn off your mind, relax and float down stream<br />
It is not dying, it is not dying<br />
não morri naquele abril, não morri naquele agosto, não morri naquele novembro, não morri naquela sarjeta<br />
<br />
mas o que eu realmente quero dizer é<br />
<br />
She said that livin' with me<br />
Was bringin' her down<br />
Yeah<br />
She would never be free<br />
When I was around<br />
<br />
<br />
ela tem um ticket para liberdade e não tem medo de usá-lo<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-55094112365410599702019-04-02T05:41:00.000-07:002019-04-02T05:41:33.349-07:00como gostar de alguém insuportável como você?clareou o dia e você ainda se sente menos mulher do que há 6 meses atrás. algo mudou. no começo foi sutil, o movimento de uma borboleta presa no casulo, lá dentro, sem ninguém ver, sozinha. você sabe, mas não há quem possa te enxergar enquanto você abafa os gritos chorosos no travesseiro molhado. você é uma potência no mundo. uma potência marcada com pontos vermelhos e infecciosos. não é tristeza, é apenas outro estado de espírito. sua condição é animalesca e logo aflora, natureza toda, pelos poros de sua pele. agora não é nem ao menos possível passar despercebida por que você é furação e tormenta por onde anda, derruba tudo e a todos na inconstância inexata de viver.<br />
você é a metamorfose maior da vida, meio mulher meio mãe, meio mulher meio santa, meio sexo meio nada, nada, noves fora zero. andança, caco de vidro e pés descalços.<br />
nem você gosta de você mais, quem dirá os outros.<br />
nem você se aguenta mais, quem condenará quem foge?<br />
as palavras ricocheteiam no teu peito nu, cheio de magoa, vazando amor e leite, dói dor de morte.<br />
machuca a ponto de você repensar tudo o que você é. tem algo que não volta atrás. tem algo que não dá pra negociar. você é um animalzinho ferido no canto da cama, mas às vezes se transforma numa fera de garra e besta de tudo.<br />
<br />
...ando tão a flor da pele<br />
que qualquer beijo de novela me faz chorar<br />
ando tão flor a da pele<br />
que teu olhar flor na janela me faz morrer<br />
ando tão a flor da pele<br />
que meu desejo se confunde com a vontade de nem ser<br />
ando tão a flor da pele<br />
que minha pele tem o fogo do juízo final<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-81300364904696702942018-03-29T12:03:00.001-07:002018-03-29T12:03:15.512-07:00o caminho contrárioas palavras que ficam entaladas na garganta,<br />
uma mudez<br />
a vontade mesmo de ficar muda<br />
<i>para sempre</i><br />
como se as silabas estivessem na contramão<br />
descendo ao contrário<br />
na direção oposta<br />
da língua<br />
da boca<br />
da expressão e da fala<br />
a loucura interna<br />
completamente organizada<br />
pela voz<br />
que ecoa<br />
aqui<br />
dentro<br />
<br />
<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-19346105831877156202018-03-21T13:55:00.002-07:002018-03-21T13:55:48.598-07:00fossas marianasentão, num sábado qualquer do ano de 2013, eu descobri.<br />
eu tinha acabado de voltar da cidade do méxico, realizando o sonho da minha vida indo chorar na casa azul de frida kahlo,<br />
fui chorar porque no fundo tudo isso era uma grande tragédia<br />
e eu sempre soube<br />
e frida sabia<br />
e todo mundo sabia<br />
e todo mundo sempre soube<br />
e você sabia mais do que ninguém<br />
o diabo sabe mais por ser velho<br />
do que por ser diabo<br />
e eu escrevo isso aqui anos e anos depois<br />
porque a ruptura que você me causou foi tão grande<br />
que sutura nenhuma deu jeito,<br />
fui abismo<br />
fui uma fenda<br />
fui fossa abismal<br />
fui o vão entre as placas tectônicas que aumenta 1 centímetro por ano.<br />
1 centímetro de tão pequena<br />
eu quase não cabia<br />
eu era uma grande sarjeta<br />
uma vala aberta<br />
esquecida e confusa<br />
no meio de poças d'agua<br />
<br />
<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-87384827710261718642015-09-11T20:06:00.001-07:002015-09-11T20:06:30.233-07:00igreja do paissandu ou uma prece para santa donataele nunca visitou uma igreja comigo.<div>
<br /></div>
<div>
jamais, em hipótese alguma ele sairia no meio de uma noite chuvosa, a pé, para ver a santinha morta. ele jamais conseguiria. ele tem medo, tem pavor. a igreja da santa ifigênia, escura e gótica então, nunca. ouvir canto gregoriano no mosteiro de são bento num domingo de manhã? você só pode ser louca.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
ele nunca visitou uma igreja comigo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
mas ele sempre pega na minha mão quando caminhamos na rua; toma banho comigo e me pede para ensaboar as suas costas. me chama de rainha, de linda, de minha. dorme todo dia abraçado. cozinha pra mim com tanto amor que é o meu chefe preferido. ri deliciosamente. chora com emoção. me deu as chaves de sua casa. me embala e me faz gritar como nunca. a minha vontade em ser eu mesma com ele é genuína e verdadeira. sou eu de mim ali, um todo. uma pessoa possível, uma mulher amada.</div>
<div>
e eu amo. como amo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
ele nunca visitou uma igreja comigo, mas me beijou e disse "tá, um dia talvez eu vá com você"</div>
<div>
é tudo o que eu preciso.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-8563285496417173212015-02-03T08:01:00.000-08:002015-02-03T08:01:56.350-08:00Impressões sobre uma cidade que é a minhadesci no largo são francisco, mas eu já podia sentir a agitação das minhas entranhas ao subir ao rua perpendicular que nos leva à ruína de tudo. o centro histórico de são paulo faz com que eu me sinta absolutamente local e completamente estrangeira, é uma dualidade tão maluca que não dá pra explicar. andei e andei e andei pela rua XV de novembro, nigerianos vendendo relógios dourados e rindo, pernambucanos fazendo repente alegremente enquanto a alguns metros peruanos descendentes de manco capac o próprio, o primeiro rei da cidade de cuzco, tocavam flautinhas e dançavam, e outras dúzias de pessoas assistiam atentamente um maluco enganá-las com aqueles truques baratos do centro da cidade. eu observava tudo como se fosse a primeira vez, sendo que não era, nasci nessas ruas feias, movimentadas, corridas. corre esse sangue em mim desde o principio dos tempos. desci as ruas todas, saboreando o contentamento de fazer parte; olhei pros coxas guardando as esquinas, coisa mais paulistana não há, coxas por toda a parte, fumando cigarros e encarando pessoas. quase saí do corpo quando olhei de relance pro pateo do colégio, tão velho e esquecido e maltratado por nós e pelo tempo inexorável que só faz passar. e senti uma fobia maravilhosa ao ver todos aqueles edifícios mal assombrados no entorno da praça joão mendes, todos os povos do mundo se encontram ali, pode ter certeza. e ao passar pelo descampado vale do Anhangabaú era como se os prédios rissem e despencassem sobre mim são paulo abriga todo mundo. e quando você sente o mal-estar do pertencimento, você sabe, está visível e estampado na sua cara. aquele desconforto de caber e não caber aqui. o desconforto de existir num lugar tão improvável. pertencer não significa ter nascido aqui, significa que a cidade adentrou o seu coração, lá no fundo. e uma vez que ela entrou, ela não saí mais.Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-92155568371234495282015-01-06T14:50:00.000-08:002015-01-06T14:50:03.283-08:00Pravdaàs vezes procuro teu nome no google<br />
vou nas imagens<br />
busco teu rosto idiota no meio de tantos outros idiotas<br />
e quando você aparece<br />
eu me assusto<br />
e fecho a página <br />
num puloAlyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-32419041663595846152014-10-18T12:03:00.000-07:002014-10-18T12:03:07.097-07:00this is it "Eu sonho, tu vegetas. Eu amo, tu finges. Eu me afogo na vida, tu passas a vida tentando não viver."<br />
<br />
<br />
<br />
Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-37520786879165801922014-06-26T08:35:00.001-07:002014-06-26T08:35:20.618-07:00de volta pro lar...eu só queria<br />
tomar um vento na cara<br />
me deu saudade da Bahia!<br />
...eu só queria<br />
passar um tempo lá em casa<br />
me deu saudade da Bahia!<br />
<br />
♥<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-58099775372443946182014-06-06T15:02:00.001-07:002014-06-06T15:02:29.322-07:00tomorrow never knows<br />
sabe quando aquelas pessoas mais espiritualizadas dizem que as respostas estão dentro de nós mesmos?<br />
<br />
<br />
elas estão certas<br />
<br />
<br />
lembrei <br />
de uma música<br />
que eu passei anos<br />
ouvindo ao acordar<br />
sendo despertada por ela<br />
quando na verdade<br />
ela tava me dizendo o tempo todo<br />
tudo!<br />
<br />
<em><span>"Turn off your mind, relax and float down stream,</span><br /><span> It is not dying, it is not dying</span><br /><span> Lay down all thoughts, surrender to the void,</span><br /><span> It is shining, it is shining.</span><br /><span> Yet you may see the meaning of within</span><br /><span> It is being, it is being</span><br /><span> Love is all and love is everyone</span><br /><span> It is knowing, it is knowing</span><br /><span> That ignorance and hate mourn the dead</span><br /><span> It is believing, it is believing</span><br /><span> But listen to the colour of your dreams</span><br /><span> It is not leaving, it is not leaving</span><br /><span> So play the game "Existence" to the end</span><br /><span> Of the beginning, of the beginning" </span></em><br />
<br />
como correr do seu próprio destino? <br />
♥<br />
Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-86633703780187737752014-06-02T13:48:00.002-07:002014-06-02T13:48:06.909-07:00<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">O primeiro menino que gostei se chamava Bruno e estudava comigo no pré primário, tínhamos 5 anos e eu pedi ele em namoro na hora do recreio enquanto brincávamos no gira-gira. Até hoje não sei qual foi a resposta dele porque não consegui ouvir e estava nervosa demais pra perguntar de novo. Porém considero que ele disse sim e ele segue na lista como meu primeiro namorado. <br /> Mas não é isso que me comove: o fato é que eu já era uma canceriana dramática aos 5 anos de idade.</span>Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-26178692227275562312014-05-27T09:32:00.001-07:002014-05-27T10:58:26.325-07:00longas cartas pra ninguém, capítulo Imeu amor, <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
de repente, quase sem querer, descobri que tú estás em terra estrangeira, não me pergunte como meu bem, essas coisas simplesmente aparecem pra mim. queria te dizer que olhei um avião voando no céu hoje e rezei bem forte pra que fosse o teu e mandei um beijo pro ar, cheio de promessas pra que essa terra te recebesse de braço aberto e pra que tu pudesse recebe-la tambem. os carros da rua guaicurus, em frente aquele bordel azul chamado sereias não entenderam nada, quase fui atropelada pra largar de ser besta, e olha, ligaria nada se tivesse sido. eu queria te contar também que aquele cara gordo, o mexicano mais gordo do mundo morreu hoje, e meu deus, lembrei tanto de ti. fiquei pensando que a gente iria criar mil teorias de como esse homem seria enterrado e ririamos, mas depois eu ia me sentir culpada porque a morte nada tem de engraçado. manoel uribe morreu e só tem uma pessoa no mundo que saberia do que eu to falando: tu. que vida mais besta essa minha, tu tá ai contemplando os andes e tomando vinho enquanto eu me arrasto nessa melancólia sem fim; tem nada mais pra esconder não. ainda que você não esteja nessa cidade fria de merda, é aquilo né? você vai estar sempre. e quando você voltar, adivinha só? milhares e milhares de quilometros de mim. tudo bem, eu me acostumei a isso de uma forma engraçada e providencialista. tem mais nada pra esconder não, fi. pedi a deus e aos santos, a jah e a maomé, alá, khrisna e todos os outros pra que tu fizesse boa viagem. de repente tu deixou alguma moça bonita de corte de cabelo horroroso te esperando, e quando você voltar, nossa. certeza que ela deve ter classe e gostar de musica de gente grande, ela deve ter amigos cineastas, filosofos, gente de estirpe. ela vai te esperar, meu amor. quem não esperaria? to te esperando até agora, te esperaria minha vida toda. pena que não dá. ela deve gostar de cinema francês, comida vietnamita e essas peragens, mas ó baby, se afobe não. nada é pra já e essas coisas tudo passam, cê vai ver. eu queria te escrever um milhão de cartas, colar selos e posta-lás no correio nesse meio tempo que você tá fora. queria que você deixasse esse seu lado shoppenhauer de lado e percebesse como eu trasbordo de amor por ti e o quanto eu já tentei correr disso, mas não. quando você me mandou um e-mail como uma música do robertão eu quase chorei na minha mesa do trampo, mas de boniteza, não de tristeza; mas ainda assim, larguei essa vida de lágrimas há um tempo. tô resoluta na minha perda e consciente na minha melancólia, que deixa meus dias mais lindos e tristes e sóbrios e cinzas. você não vai receber essa carta, nem as mil outras, não vou saber nunca se você voltou ou não, mas espero que sim. espero que espero. minha vida é esperar.</div>
<div style="text-align: justify;">
e te querer bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
um beijo pra tu e vai curintia. </div>
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-5675204211586651012014-05-26T09:55:00.003-07:002014-05-26T09:55:59.479-07:00I sing the body eletric, II <br />
<br />
eu sinceramente não sei onde essa melancolia vai me levar; eu já estive em todos os lugares em que poderia estar. eu alimento essa tristeza porque de alguma forma ela me mantém viva, enquanto o mundo ao meu redor morre lentamente. ou é o inverso, sei lá. a fluidez da vida me assusta. a imprevisibilidade de existir; é como um corte diagonal no dedo feito com papel sulfite. devia ser suportável, mas simplesmente não é. amar você é como as sete praga dos egito -eu não posso ser salva porque não faço parte do povo escolhido. eu observo mais um dia passar sem ter a menor ideia de quanto tempo eu vou ser consumida pelo cheiro de queimado do ar. pelo cheiro da noite. por essa interminável espera; sem saber quanto tempo eu vou pertencer a isso. parece o inferno mas é só a pulsação das minhas veias.<br />
eu sou um cemitério de lembranças.<br />
eu sou um cemitério.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie86RdENybni-j1z09BG0rMap1VKZj5UXkfgFYGoiPPyGBUtgCaJ0mv_S3LihUntpxs7l7aX6pr1jKvSiLXTSKXnKJcbSMnFZY6X6cObWUT7z2PSv02Y-1pbLvgmeRWoHooNVELqwPqRY/s1600/IMG_4106.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie86RdENybni-j1z09BG0rMap1VKZj5UXkfgFYGoiPPyGBUtgCaJ0mv_S3LihUntpxs7l7aX6pr1jKvSiLXTSKXnKJcbSMnFZY6X6cObWUT7z2PSv02Y-1pbLvgmeRWoHooNVELqwPqRY/s1600/IMG_4106.PNG" height="320" width="316" /></a></div>
<br />
<em>mary prays the rosary from my broken mind</em>,Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-6192681328781870082014-05-22T17:19:00.000-07:002014-05-22T17:19:27.163-07:00das músicas que eu gostaria de ter escrito, parte V <span style="height: 48px;">I never came </span><br />
<span style="height: 48px;"> </span><br />
<span style="height: 48px;">When you say it's dead and gone, yes, I know you're wrong</span><br /><span>
Cut and slash, sharpest knife, it won't die, ah</span><br /><span>
Poison cup, drank it up, it won't die</span><br /><span style="height: 48px;">
No fire, no gun, no rope, no stone, it won't die, ah</span><br /><span>Why you gotta shove it in my face</span><br /><span>
As if you put me in my place?</span><br /><span style="height: 48px;">
'Cause I don't care if you or me is wrong or right</span><br /><span>
Ain't gonna spend another night in your bed, in your bed</span><br /><span>Laws of man are just pretend, they ain't mine</span><br /><span>
Love so good, love so bad, it won't die, ah</span><br /><span>
Some talk too long, they know it all and I just smile and move on</span><br /><span style="height: 48px;">
Words ain't free, like you and me, I don't mind, ah</span><br /><span>Why'd you have to be so mean and cruel?</span><br /><span>
The dogs are loose, I'm on to you</span><br /><span>
You ball and chained together from the dawn to dusk</span><br /><span>
Can't call it leaving, 'cause it's just I never came</span><br /><span>I never came</span><br /><span>
I never came</span><br /><span>
I never came</span><br /><span>
I never came</span><br /><span>
I never came</span><br />
<br />
<br />
queens of the stone age, I never came, lullabies to paralyze, 2005.Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-38578328899949438542014-05-20T20:58:00.004-07:002014-05-20T20:58:49.678-07:00Pacífico, uma versão audiovisual<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/rtqj-KT8Eq8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-32373475817208441742014-05-13T16:44:00.000-07:002014-05-13T16:48:31.456-07:00Reflexões sobre uma cidade que não é minha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6_0pfZZnLKPNEcS7D4TdnwW6qW_SgZpt64QZqBTDw1SZWxoO9ZDRFGUQtaqoN-2Y6mGXVxQ_Vem-wXxGzs6avNzQijBfNUcNJ0V6aPWnk4E9G-UNGPoWmr4C8wkTFx-foDFwRLCEQQ5A/s1600/DSCF5785.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6_0pfZZnLKPNEcS7D4TdnwW6qW_SgZpt64QZqBTDw1SZWxoO9ZDRFGUQtaqoN-2Y6mGXVxQ_Vem-wXxGzs6avNzQijBfNUcNJ0V6aPWnk4E9G-UNGPoWmr4C8wkTFx-foDFwRLCEQQ5A/s1600/DSCF5785.JPG" height="640" width="480" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: small;">de repente eu estava dentro de um ônibus indo em direção a um estado que não conhecia, eu já tinha chorado todas e tinha voltado a fumar escondida porque sabia de algo que estava visível apenas nas entrelinhas. olhei pro lado, tava você lá, viajando de coração apertado ali comigo, assim, quase sem querer. te levei pra uma das cidades mais bonitas da minha vida, era tudo uma pintura, era tudo sagrado, era tudo.</span><br />
<span style="font-size: small;">tudo o que eu tinha eu levei naquela mala tão pequena, meu deus. o ar já tinha começado a manifestar as primeiras impressões de infinito, tudo parecia um sonho maluco, sem contorno e formas definidas, tinha estrada, uma estrada especialmente pavimentada pra dois. tinha também a voz etérea de uma moça que eu não conhecia, e que me acompanhou a viagem toda. que beleza estonteante eu vi ali. eu vi tristeza também, principalmente a minha, mas só um amor não realizado pode ser bonito - disse aquele cineasta que eu simplesmente detesto. eram sete da noite e não tinha horário de verão, era outono já, um arco-iris riscou o céu depois da chuva, eu juro por deus. parecia mentira, parecia conto de bêbado que ama demais, mas eu juro: um arco-iris riscou o céu de ponta a ponta e nós embaixo feito dois imbecis olhando pra peças de prata e ouro do período colonial.eu entrei em duas mil igrejas, chorei em todas elas e fiz o mesmo pedido em todas elas. um lugar de culto, um lugar de resistência. adentrei muitos lugares e eu pertenci a cada um deles saboreando o fim iminente. engraçado como a gente sempre sabe. sempre. fiz muitas preces pra você ficar; mas você nunca esteve. então eu sorria, sorria com força, apertava sua mão e pedia um chopp. suava tanto...o que mais eu poderia fazer? eu tentei eternizar aqueles momentos e aqueles cheiros e aquelas rezas. visitamos cemitérios do século XVIII pulando os muros como dois comparsas adentrando a noite e os silêncios eram tão espaçados, assim como nossos passos. o céu dessa cidade que não era minha acolheu minha tristeza e respeitou minha solidão; ele exaltou minhas urgências enquanto eu sonhava constantemente com o fogo do inferno. o céu dessa cidade que não era minha era cor de lavanda; eu amei naquela cidade, talvez tenha sido ali que eu percebi que amaria para sempre. atmosfericamente eu senti como se flutuasse pelas ruas de pedra e tivemos chuva - sim, mais um capricho dos deuses e santos - pra lavar um pouco de nossas almas encardidas. a chuva lavou meu rosto e você olhou pra mim: eu desejei ser a moça mais bonita do mundo inteiro. em todos os retratos que você tirou de mim naquela cidade eu só consegui parecer triste e calada. triste e calada. talvez seja a definição mais latente de uma vivência expressiva : por dentro eu tinha o universo todo, estrelas cadentes e planetas, frases lindas de efeito, amor em estado líquido, sexo e outros acidentes. por fora, cinza e ossos.</span><br />
<span style="font-size: small;">eu sonho muito com esses cemitérios e igrejas, com essas ladeiras e esses céus, sonho porque às vezes tenho medo de perder essas memórias. sonho porque às vezes peço pra esquecer tudo isso. não sei se é só um bloqueio espacial. não sei se é só falta de preparo com as temporalidades do sofrimento. meu pedido não se realizou; jamais poderia.</span><br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-70404850755873544302014-05-11T20:36:00.002-07:002014-05-15T09:45:50.059-07:00reflexões sobre a cidade, parte II<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">eu estava andando ontem pela praça da sé quando os prédios velhos do entorno começaram a cair sobre a minha cabeça; aquela sensação conhecida de que só aqui eu faço sentido. são paulo, você é a grande protagonista dessa história. só mesmo uma cidade dessa magnitude poderia abrigar todos os meus amores. somente uma cidade desse tamanho poderia sintetizar toda a minha dor de existir. aqui, todos os dramas cabem. eu respiro o ar de maio, com seu cheio peculiar de queimado e rio pinheiros e sei: sou eu aqui. eu não conheço o exílio porque sou isso aqui. às vezes eu te odeio como uma intensidade que parece que não vou aguentar, mas eu aguento. viver aqui é resistir. viver aqui é sobreviver. é entender todos os lugares do mundo a partir da premissa do que não é, do que jamais poderá ser. e isso não é uma coisa boa. como esse senso opressor de pertencimento também não é. você me moldou. é opressiva, chega a doer às vezes. mas cada dia tem um essa coisa de pequenas poéticas urbanas e malucas. lindas...pontes quebradas e estacionamentos no centro. eu te romantizei, cidade do caralho. te romantizei para poder respirar, e meu deus...que ar pesado...cheio de lembranças...maio...</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">já aconteceu a você de sentir o cheiro de alguém impregnado à própria noite?</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">sinto isso aqui. é tão misturado que não sei mais quem é quem, quem é ele, quem é a cidade, fria e impetuosa, choro sempre entre as estações Anhangabaú e Pedro II, quando o metrô mostra a cidade desnuda por cima dos trilhos: me sinto extasiada. eu sempre soube, desde pequena, que são paulo iria me arrasar sem dó: é muita lembrança, é muita história. é muita grandeza, é muita pobreza.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">será que só agora eu percebi o esforço diário e absolutamente dialético que faço pra não te ter e te fazer permanecer na minha vida? tu és a cidade dos meus pesadelos, mas também é contigo que tenho os sonhos mais bonitos.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">só tu, feia, cinza e errada pra me fazer amar como se não houvesse amanhã, me emprestando suas sarjetas e ruas sem saída pros meus espetáculos de bêbada sentimental de batom vermelho. sem julgamento, sem pressa, sou só mais uma a perambular por aí de coração quebrado e fodido. você conhece bem o clichê.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">porque tu és maior clichê da minha vida, sua filha da puta. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">as igrejas. as igrejas do centro da cidade. porque elas fazem isso comigo? eu entro para adorar os santos que não acredito, eu entro com vontade a procura de luz e alguma direção pra esse caminho e saio arrasada como se tivesse uma bigorna ancorada ao peito. me conheces demais, cidade maldita. me conheces demais. visito as criptas porque de certa forma também me sinto meio morta, mas daí corro pelas avenidas e sei lá, sangue nas veias tudo de novo. alguma coisa acontece no coração da gente sim. tem como evitar não. é um ciclo sem fim de adoração e sofrimento. de entrega e paixão, de ódio, rancor e mudança de rotas no gps. devoção.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="background-color: white; line-height: 20px;">Alguém olhou pela janela do </span><span style="background-color: white; line-height: 20px;">Metro na estação Pedro II e gritou com raiva: "Puta cidade bonita dos infernos" eu não conseguiria definir melhor.</span></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-7240683208177519072014-04-29T17:30:00.001-07:002014-04-29T17:30:16.497-07:00reflexões sobre a cidade<br />
<br />
<br />
a dor de amor é como um semáforo de transito quando você está atrasado.<br />
você pode implorar pra ele abrir, você pode lançar uma magia telepática, você pode apertar aquele botãozinho do pedestre um milhão de vezes: o sinal só vai ficar verde quando ele tiver que ficar.Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-33682456121079384692014-04-22T15:26:00.000-07:002014-04-22T15:26:20.975-07:00Haicai da menina que falava demais...<br />
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te cala nos silêncios intercalados:<br />
ouve a noite; ouve a vida; ouve assim<br />
a ti mesma<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-46772922771736641512014-04-15T14:19:00.001-07:002014-04-15T14:19:18.676-07:00Hold your hair in deep devotion<br />
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<br />
<br />
<i>how deep?</i><br />
<br />
<br />
<br />
at least as deep as the pacific ocean<br />
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<br />
<br />
(I wanna be yours)<br />
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<br />
<br />
<br />Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-50747784849897706612014-04-11T12:25:00.001-07:002014-04-11T12:25:33.983-07:00sem título (possível)a sardela<br />
que corta e salga o céu da minha boca<br />
vermelha de amor<br />
picante, como a vida deve ser<br />
me transporta pra outra vida<br />
outro século<br />
tão distante de mim<br />
tão cheia de cor<br />
especiarias<br />
eu & tu<br />
nús<br />
essa nossa paixão em comum<br />
eu<br />
tu<br />
e as memórias agridoces<br />
corredores de mercado<br />
que exalam euforia<br />
remotas<br />
passadas <br />
tua boca saboreava a iguaria<br />
tu sorria;<br />
nunca mais tua boca vermelha de sardela<br />
nunca mais a inconsistência dessa vida fluídaAlyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4565711056473599011.post-67429320402586385162014-04-11T09:09:00.002-07:002014-04-11T09:21:00.714-07:00das músicas que eu gostaria de ter escrito, parte IV<b>Futuros Amantes </b><br />
<br />
Não se afobe, não<br />
Que nada é pra já<br />
O amor não tem pressa<br />
Ele pode esperar em silêncio<br />
Num fundo de armário<br />
Na posta-restante<br />
Milênios, milênios no ar<br />
E quem sabe, então<br />
O Rio será<br />
Alguma cidade submersa<br />
Os escafandristas virão<br />
Explorar sua casa<br />
Seu quarto, suas coisas<br />
Sua alma, desvãos<br />
Sábios em vão<br />
Tentarão decifrar<br />
O eco de antigas palavras<br />
Fragmentos de cartas, poemas<br />
Mentiras, retratos<br />
Vestígios de estranha civilização<br />
Não se afobe, não<br />
Que nada é pra já<br />
Amores serão sempre amáveis<br />
Futuros amantes, quiçá<br />
Se amarão sem saber<br />
Com o amor que eu um dia<br />
Deixei pra você<br />
<br />
chico buarque de hollanda, futuros amantes, paratodos, 1993. Alyhttp://www.blogger.com/profile/02599618249388025008noreply@blogger.com0