sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

lembrando do ardor de uma vida que não vivi
de copos de bar americanos, refletindo uma luz amarela, fraca
espumosa
eu era a juventude
e hoje, por mais que tente
não consigo mensurar a imensidão de teus olhos verde-água
os olhos mais azuis do texas
tu vestia aquela camisa velha do grêmio
acendia meu cigarro com o teu
e a gente era assim, tão largado
era uma festa sem protagonista
era fluído porque era nada
nunca foi
e então tu foi-se pra ser
pra não voltar mais
e eu esperei
porque é o que fazemos quando somos jovens:
nós esperamos.

não tenho saudade.

Nenhum comentário: