sexta-feira, 11 de abril de 2014

sem título (possível)

a sardela
que corta e salga o céu da minha boca
vermelha de amor
picante, como a vida deve ser
me transporta pra outra vida
outro século
tão distante de mim
tão cheia de cor
especiarias
eu & tu
nús
essa nossa paixão em comum
eu
tu
e as memórias agridoces
corredores de mercado
que exalam euforia
remotas
passadas
tua boca saboreava a iguaria
tu  sorria;
nunca mais tua boca vermelha de sardela
nunca mais a inconsistência dessa vida fluída

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