segunda-feira, 26 de maio de 2014

I sing the body eletric, II



eu sinceramente não sei onde essa melancolia vai me levar; eu já estive em todos os lugares em que poderia estar. eu alimento essa tristeza porque de alguma forma ela me mantém viva, enquanto o mundo ao meu redor morre lentamente. ou é o inverso, sei lá. a fluidez da vida me assusta. a imprevisibilidade de existir; é como um corte diagonal no dedo feito com papel sulfite. devia ser suportável, mas simplesmente não é. amar você é como as sete praga dos egito -eu não posso ser salva porque não faço parte do povo escolhido. eu observo mais um dia passar sem ter a menor ideia de quanto tempo eu vou ser consumida pelo cheiro de queimado do ar. pelo cheiro da noite. por essa interminável espera;  sem saber quanto tempo eu vou pertencer a isso. parece o inferno mas é só a pulsação das minhas veias.
eu sou um cemitério de lembranças.
eu sou um cemitério.


mary prays the rosary from my broken mind,

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