"e quando tudo isso passar, amar outro(s), ter outro (s), ver outro (s) mundo (s)... é a
confluência da vida, é o start, a chuva de verão batendo nas minhas
costas, é a alegria, é o êxtase!"
mas enquanto não passa
tudo tem teu cheiro
e as pessoas na rua, todas
são você num dia de chuva invernal
e a bebida demora a assentar
num passo largo, quase nada
e as viagens são todas pro mesmo lugar
e os sonhos,
ah, os sonhos
são montagens bizarras de recorte de tempo
atemporal, temporal meu
nas minhas memórias
nas minhas vértebras quebradas
verte o teu sangue
e o relógio parado que não existe
e o mundo sem dor e sem glória
eu me risco toda e me pinto
pra ficar menos obvia
a minha cara de ressaca
eterna
como o mar no dia primeiro de janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário