sábado, 29 de junho de 2013

Práxis

eu fiz um soneto de amor
mas na verdade eu só queria transar
inventei palavras bonitas e menti
pelo simples fato de não conseguir te levar
de primeira
na conversa
fiada
pra cama
minha
eu queria, você queria
te querer ardia
taquicardia
estava aqui, presente
quente
pronta
doente
explodi em cores
em verde bandeira
pintei o muro da minha casa
te dediquei a minha noite inteira
bebi meus medos, venci a introspecção
botei meu vestido mais bonito
pra te ganhar
era um envolvimento
pernicioso
complicado
errado
e proibido
eu era a malícia
a malícia pura da vida
dessa vida
e da outra
de início, fim e meio
do tempero
da madrugada
e do cheiro
da tua pele.




Um comentário:

Rafael A.M. disse...

MA-RA-VI-LHO-SO!

Saudade eterna dessa sinceridade...bjs...